Volta Ana Julia!
terça-feira, 12 de junho de 2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
TESE MENSAGEM AO PARTIDO: ”Por um PT de voz firme e ativa!”.
Ananindeua, 01 de maio de 2012
TESE MENSAGEM AO PARTIDO:
”Por um PT de voz firme e ativa!”.
“Os monstros da tirania cortaram as cabeças e alimentaram-se de sangue, tiveram força para matar o corpo. Mas com suas baionetas e coturnos não puderam matar a ideia, por que essa é sagrada e tão grande como o mundo. A ideai não morre!!!”
Eduardo Angelim
QUEM SOMOS:
Somos uma corrente de companheiros e companheiras ligados (as) à militância do partido dos trabalhadores, aos grêmios estudantis secundaristas, centros acadêmicos universitários, a sindicatos, movimentos sociais, campesinas e profissionais liberais.
Em sua origem o Partido dos Trabalhadores:
"O Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e política. Nasce também da vontade de emancipação das massas populares, cansadas das ilusões dos grupos que pretendem substituir a força de suas lutas por palavras de ordem desligadas de seus interesses. Os trabalhadores já sabem que a liberdade nunca foi nem será dada de presente, mas será obra do seu próprio esforço coletivo. Por isso protestam, quando, uma vez mais na história brasileira, vêem os partidos sendo formados de cima para baixo, do Estado para a sociedade e dos ricos para os pobres. (...) Os trabalhadores querem se organizar como força política autônoma. O PT pretende ser uma real expressão política de todos os explorados pelo sistema capitalista. Somos um Partido dos Trabalhadores, não mais um partido para os trabalhadores. Queremos a política como uma atividade própria das massas que desejam participar, legal e legitimamente, de todas as esferas de poder na sociedade. O PT quer atuar não apenas nos momentos das eleições mas, principalmente, no dia-a-dia de todos os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma nova forma de democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias.
Queremos, por isso mesmo, um partido amplo e aberto a todos aqueles comprometidos com a causa dos trabalhadores e com o seu programa. Em consequência, queremos construir uma estrutura interna democrática, apoiada em decisões coletivas e colegiadas, e cuja direção e programa sejam decididos por suas bases. (...) Lutará por partidos independentes do Estado, mas também por sindicatos e associações populares independentes, tanto do Estado quanto dos próprios partidos políticos. Lutará por um Judiciário independente e por um Parlamento livre, mas também por uma participação popular permanente, em todas as esferas de decisão social, econômica e política. O PT lutará pelo controle democrático das burocracias do Estado e das decisões das grandes empresas, sem o que a participação popular será mera ilusão.(...)”
Acreditamos na história inegável do Partido dos Trabalhadores no seu êxito nos governos populares e participativos, participamos de uma grande experiência, com a qual aprendemos com nossos erros e acertos. Somos um grande partido de massas, de caráter popular e com origem na classe trabalhadora, e isso é motivo de orgulho, assim; emergimos sua autenticidade no seio da sociedade crescendo e tornando-se suas ações solidas. Enfrentamos os desafios de construir um país, um estado e um município justo, democrático e socialista.
O QUE QUEREMOS:
Ananindeua sendo o segundo maior colégio eleitoral não se pode pensar como sendo dormitório e/ou quintal de Belém defendemos a linha mais avançada na construção do projeto partidário, que gira em torno de candidatura própria majoritária do Jornalista e ex-vereador Luis Freitas, este com forte apoio popular, sendo reconhecidas nas suas gestões em defesa dos jovens, mulheres, gêneros, moradia, segurança e ambientais.
Por acreditarmos em uma estratégia partidária em defesa da comunidade ananindeuense e no PT (Partido dos Trabalhadores); defendemos a candidatura própria e o reagrupamento das origens do partido de esquerda e de massa, visando a prefeitura deste munícipe. Nos governos, enfrentam a questão da governabilidade, a partir de alianças muito amplas, às quais esse tema arrepia.
PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro); este por representar o arcaico na política local, a continuação do projeto burguês e seu não comprometimento com as bases proletárias e campesinas, com a juventude, com a liberdade, com a consciência dos valores da fraternidade e unidade. Defendemos o afastamento por etapas e a capitalização das ações, projetos e estruturas do governo federal.
PCdoB (Partido Comunista do Brasil), oriundo da classe trabalhadora e aliado histórico na luta contra a burguesia e o conservadorismo, visto que este vem demonstrando um crescimento politico, embora, ser aliado e sempre demonstrar sua fidelidade, hoje avistamos personalidades oportunistas e eleitoreira em suas fileiras, representando mal estar à aliança, portanto; em defesa aos companheiros envolvidos no processo de estratégia e tática de amadurecimento de candidaturas não acompanhamos a aliança proporcional. Deixamos a critério do diretório do nosso partido (PT) a organização e a avaliação para a aliança majoritária em uma chapa pura de esquerda, democrata e socialista, assim, tendo o fortalecimento e expressão necessária para fazer uma bancada expressiva, dando inicio a uma alternativa de poder no município.
PSB (Partido Socialista Brasileiro), hoje vivencia seu esgotamento nas bases de esquerda, sua aliança a o governo PSDB distancia-nos da aliança representando um atraso às causas defendidas pelo partido e sua militância.
PR (Partido Republicano), este aliado nacional teve como fundador José Alencar, embora esteja longe de ideologias de esquerda, temos como aliado importante e estratégico para o discernimento e ampliação das táticas de interesse do partido dos trabalhadores.
PSDB (Partido Social da Democracia Brasileira); PPS (Partido Popular Socialista); DEM (Democratas), estes representantes fidalgos da oligarquia são declaradamente inimigos dos proletários, camponeses e de quem os defende, portanto, dispensável em qualquer tipo de aliança. Repudiamos seus atos, forma de governo, e como divergem as áreas mais avançadas da politica brasileira.
PONTOS DEFENDIDOS:
O ideário original petista pode ser, assim, fundado nos seguintes princípios:
a) partido vinculado à organização popular, que se traduz na organização no local de trabalho e moradia;
b) as atividades eleitorais e parlamentares se subordinam à organização das massas exploradas;
c) recusa-se a aceitar representações patronais no seu interior (partido sem patrões);
d) os trabalhadores devem se organizar como força política autônoma;
e) o PT não se deseja um partido para os trabalhadores, mas dos trabalhadores;
f) deseja se inserir no cotidiano dos trabalhadores e de suas lutas sociais;
g) os programas partidários serão construídos por sua base, pelos núcleos de militantes.
Ora, o momento atual é uma negação de todo este ideário original. A evidente burocratização partidária, a inexistência de peso da militância em todo processo decisório do partido, a prevalência da organização para a disputa eleitoral, a correia de transmissão entre Governo-Direção Partidária-Organizações Sociais, o caminho determinado para a elaboração de programas de centro, a defesa da Razão de Estado sobre mecanismos de gestão participativa e controle social sobre políticas públicas, são algumas das mudanças radicais por que passa o PT e que parecem se transformar em pauta acessória e marginal.
QUEM ASSISNA:
Fernando do PT
Gaspar Freitas
Rui Santana
Juscelino do PT
Márcia Nascimento – DCE/UFPA
Luciano Seki
Patrício Costa
Professora Marielze Neves
Sandro Martins
Franci Quaresma F. saúde
Professora Elza
Gilvadro santos JPT
Monique Secretaria Adjunta JPT.
quinta-feira, 22 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
O SUS E A JUVENTUDE: o protagonismo juvenil na construção de um sistema único de saúde democrático e popular.
Yasmin Ferraz[1]
A juventude brasileira sempre esteve ligada às diversas lutas travadas em nosso país para a construção de um sistema avançado de democracia e construção participativa. Dentro e fora dos diversos movimentos sociais, ela conseguiu criar seus espaços de interlocução com a sociedade de formas inovadoras e trouxe renovação para as construções de base. A saúde é um campo fértil para a intervenção desse setor, vez que o SUS preconiza a participação social para a construção de um sistema que dê conta das inúmeras realidades sociais de nosso país. É central que nossa juventude se organize para ocupar estes espaços e intervir para a solidificação desse sistema, ainda em construção.
O movimento de democratização da saúde lutou árduos anos para garantir a Reforma Sanitária Brasileira e a construção do Sistema Único de Saúde – o SUS. Esse movimento se propôs a discutir a democratização das estruturas políticas para garantia de direitos cidadãos através da construção basal de um novo modelo democrático, propondo a saúde como porta de entrada na vida político-social de qualquer cidadão.
A luta por um SUS fortalecido passa primeiramente pelo entendimento que seu projeto não condiz com o modelo de sociedade que estamos inseridos, onde prevalece a cultura mercadológica e de opressão das minorias sociais. Só através de uma mudança desse paradigma poderemos edificar um sistema de saúde que esteja de acordo com um estado de direitos, que garanta a luta social referenciada em uma cultura de construção coletiva em todas as áreas – educação, cultura, economia etc.
As políticas sociais propostas no último período permitiram que cada dia mais jovens entrassem no mercado de trabalho da saúde, e sua formação para atuar em um sistema público tem que ser o centro do debate. As instituições de ensino do nosso país ainda estão em desconexão com a realidade da saúde pública e não conseguem formar profissionais que realmente se propõem a trabalhar no SUS na perspectiva de construir uma saúde para a sociedade brasileira como um todo. A alteração da formação dos profissionais que vão atuar na saúde é necessária para garantir um serviço mais humanizado e em contato com a realidade dos usuários do nosso sistema de saúde. São fundamentais, nesse contexto, as experiências em loco, desde os estágios obrigatórios até experiências como a promovida pela Rede Unida, o Estágio de Vivência no SUS - VERSUS, que garante uma visão mais abrangente do cenário da saúde proporcionando experiências aos estudantes que serão fundamentais no seu processo de amadurecimento enquanto profissional e reflexão sobre seu papel protagonista na construção de um sistema universal, gratuito e de qualidade.
Mas para além da formação dos profissionais que atuarão no sistema, a construção diária de um modelo que dê conta de cada canto do país só pode ser feita através da interlocução entre profissionais, gestores e usuários. Essa tríade, que é fundamental para o projeto do SUS, ainda não consegue funcionar propriamente. Os usuários ainda são subvalorizados enquanto formuladores, mas nós que estamos do lado de cá da mesa de atendimento percebemos, muitas vezes o vazio que o sistema deixa onde a população mais precisa. A edificação de uma rede de solidariedade entre esses diversos atores sociais, cada um em seu domínio, integrando um plano conjunto que una os saberes e integre os valores é que poderá transformar nossa saúde, que muitas vezes têm seus principais problemas ligados as desigualdades sociais de nosso país.
A gestão participativa como mecanismo de democratizar as relações institucionais, co-responsabilizando os atores que se inserem na construção compartilhada, acaba por criar espaços coletivos onde a expressão das diferenças é respeitada e correspondida. A sociedade civil assume então um papel protagonista, colocando os movimentos sociais e os cidadãos organizados numa roda de discussão descentralizada, garantindo que medidas a serem aplicadas pelo sistema reflitam sua realidade social e respondam a ela de forma imediata, mas também planejada em longo prazo.
Há um longo caminho a percorrer a construção de uma sociedade majoritariamente atuante. O cenário que vivemos hoje de descomprometimento político e descrédito do poder público, tem que ser transformado, de forma a trazer alternativas para a atuação social de cada um e cada uma. A juventude tem um papel fundamental nesse processo, propondo alternativas para a participação social, buscando a igualdade no acesso aos bens sociais e culturais, o respeito ao bem comum, o protagonismo e a responsabilidade no âmbito público e privado e não só direito em saúde, mas na disputa da educação e na conquista de políticas públicas de juventude (PPJ) mais alinhadas com a nossa realidade.
A formação para potencializar a nossa capacidade transformadora e propositiva é fundamental para garantir as mudanças que nós defendemos para a saúde do nosso país. A conscientização do nosso papel político-social e da nossa capacidade de intervir positivamente em nossas realidades para a criação de políticas públicas mais eficazes são os meios para combater processos políticos de cima para baixo, salvacionistas e autoritários que ainda vivenciamos em nossa sociedade. Criação de espaços que possibilitem a compreensão da estrutura e funcionamento do SUS, os processos de construção de um modelo assistencial adequado a seus princípios e diretrizes, além de uma compreensão ampliada de saúde, na qual seja possível uma maior articulação intersetorial com todas as áreas das políticas públicas e sociais são extremamente necessários para a ampliação do nosso debate e da nossa intervenção.
Os movimentos sociais precisam se integrar ao longo processo de construção do SUS e a sua juventude tem muito a contribuir. Os movimentos campesinos, que entendem a saúde de forma diferente têm que encontrar um terreno comum para que sua população tenha cobertura completa e seus saberes valorizados. O movimento negro, que através de sua juventude combativa conseguiu avançar nas políticas públicas, e na saúde fez notar as necessidades especificas da população negra e que junto com inúmeros estudiosos criou um amplo espaço de construção da saúde negra. O movimento de mulheres que mostrou que nós somos mais do que mães, somos mulheres que fazemos sexo com mulheres, somos mulheres que lutamos contra a violência, somos mulheres que lutamos por libertação social e o sistema de saúde tem que repensar seus programas.
Dentro desse espectro, o movimento estudantil também tem um papel muito importante. Além de ser um dos maiores movimentos de juventude organizados no nosso país, tendo na rede – as diversas entidades de base e gerais – a sua força motriz, é o movimento que pode prestar grande ajuda na transformação de toda a cadeia da saúde, pois lida com a formação dos gestores, profissionais e usuários. As entidades estudantis, a UNE, as UEE’s e os Centros e Diretórios Acadêmicos devem se integrar a esse processo, promovendo debates, rodas de discussões e espaços que promovam a democratização do debate.
A UNE, em sua Caravana da Saúde, cumpriu um significativo papel para o resgate do debate da saúde como política em disputa e fez com que diversos núcleos de estudantes nas universidades se construíssem para debater com centralidade seus temas. Iniciativas como esta devem ser fortalecidas, assim como a própria pauta da saúde dentro dos debates realizados pela entidade, devendo figurar como uma das pautas centrais para o próximo período. Os inúmeros debates que circundam a saúde precisam estar presentes para além das Caravanas e dos cursos de saúde, para além dos grupos de pesquisa e das ligas estudantis. Tem que estar nas salas de aula de todos os cursos e fora delas, em debates com os estudantes e a comunidade, para que possamos conseguir mais militantes pra essa luta de construção do SUS.
Um dos espaços que tem que ser desenvolvido e que permite a inserção dos movimentos sociais são os conselhos de saúde, que são compostos paritariamente por usuários, gestores e profissionais da saúde do município, estado e país. Tivemos no ultimo período a 14ª Conferência Nacional de Saúde, que orientou as políticas nacionais para o próximo período.
Ficou evidente a maior participação popular dessa Conferencia, mas o preparo dos movimentos sociais para influenciar na política tirada ainda é limitado frente à capacidade de intervenção que eles demonstram ter para outras políticas. O entendimento do campo da saúde como estratégico para a entrada dos movimentos sociais na dinâmica de transformação social em curso é muito necessário para que os caminhos de construção do SUS sejam de radicalização da democracia e sirva de molde para os demais espaços que hoje estão sendo criados, como os conselhos de comunicação, conselhos de controle social entre outros.
A visão da saúde como espaço estratégico de disputa sobre novo modelo de gestão participativa e democrática é central para a garantia da soberania popular e de outras bases para uma sociedade mais fraterna e igualitária. O SUS, desde sua criação, abre os braços para a edificação de uma rede de solidariedade que fortaleça a sociedade civil organizada, que permita a intervenção para o aprimoramento constante.
A juventude tem sido força motriz de diversos processos contestatórios na história recente do Brasil. Precisamos nos inserir de forma qualificada e organizada no debate do SUS e da saúde pública, deixando de figurar de maneira secundária e ajudando a protagonizar a transformação radical da saúde brasileira, a fim de garantir cidadania e qualidade de vida para o nosso povo.
A juventude brasileira sempre esteve ligada às diversas lutas travadas em nosso país para a construção de um sistema avançado de democracia e construção participativa. Dentro e fora dos diversos movimentos sociais, ela conseguiu criar seus espaços de interlocução com a sociedade de formas inovadoras e trouxe renovação para as construções de base. A saúde é um campo fértil para a intervenção desse setor, vez que o SUS preconiza a participação social para a construção de um sistema que dê conta das inúmeras realidades sociais de nosso país. É central que nossa juventude se organize para ocupar estes espaços e intervir para a solidificação desse sistema, ainda em construção.
O movimento de democratização da saúde lutou árduos anos para garantir a Reforma Sanitária Brasileira e a construção do Sistema Único de Saúde – o SUS. Esse movimento se propôs a discutir a democratização das estruturas políticas para garantia de direitos cidadãos através da construção basal de um novo modelo democrático, propondo a saúde como porta de entrada na vida político-social de qualquer cidadão.
A luta por um SUS fortalecido passa primeiramente pelo entendimento que seu projeto não condiz com o modelo de sociedade que estamos inseridos, onde prevalece a cultura mercadológica e de opressão das minorias sociais. Só através de uma mudança desse paradigma poderemos edificar um sistema de saúde que esteja de acordo com um estado de direitos, que garanta a luta social referenciada em uma cultura de construção coletiva em todas as áreas – educação, cultura, economia etc.
As políticas sociais propostas no último período permitiram que cada dia mais jovens entrassem no mercado de trabalho da saúde, e sua formação para atuar em um sistema público tem que ser o centro do debate. As instituições de ensino do nosso país ainda estão em desconexão com a realidade da saúde pública e não conseguem formar profissionais que realmente se propõem a trabalhar no SUS na perspectiva de construir uma saúde para a sociedade brasileira como um todo. A alteração da formação dos profissionais que vão atuar na saúde é necessária para garantir um serviço mais humanizado e em contato com a realidade dos usuários do nosso sistema de saúde. São fundamentais, nesse contexto, as experiências em loco, desde os estágios obrigatórios até experiências como a promovida pela Rede Unida, o Estágio de Vivência no SUS - VERSUS, que garante uma visão mais abrangente do cenário da saúde proporcionando experiências aos estudantes que serão fundamentais no seu processo de amadurecimento enquanto profissional e reflexão sobre seu papel protagonista na construção de um sistema universal, gratuito e de qualidade.
Mas para além da formação dos profissionais que atuarão no sistema, a construção diária de um modelo que dê conta de cada canto do país só pode ser feita através da interlocução entre profissionais, gestores e usuários. Essa tríade, que é fundamental para o projeto do SUS, ainda não consegue funcionar propriamente. Os usuários ainda são subvalorizados enquanto formuladores, mas nós que estamos do lado de cá da mesa de atendimento percebemos, muitas vezes o vazio que o sistema deixa onde a população mais precisa. A edificação de uma rede de solidariedade entre esses diversos atores sociais, cada um em seu domínio, integrando um plano conjunto que una os saberes e integre os valores é que poderá transformar nossa saúde, que muitas vezes têm seus principais problemas ligados as desigualdades sociais de nosso país.
A gestão participativa como mecanismo de democratizar as relações institucionais, co-responsabilizando os atores que se inserem na construção compartilhada, acaba por criar espaços coletivos onde a expressão das diferenças é respeitada e correspondida. A sociedade civil assume então um papel protagonista, colocando os movimentos sociais e os cidadãos organizados numa roda de discussão descentralizada, garantindo que medidas a serem aplicadas pelo sistema reflitam sua realidade social e respondam a ela de forma imediata, mas também planejada em longo prazo.
Há um longo caminho a percorrer a construção de uma sociedade majoritariamente atuante. O cenário que vivemos hoje de descomprometimento político e descrédito do poder público, tem que ser transformado, de forma a trazer alternativas para a atuação social de cada um e cada uma. A juventude tem um papel fundamental nesse processo, propondo alternativas para a participação social, buscando a igualdade no acesso aos bens sociais e culturais, o respeito ao bem comum, o protagonismo e a responsabilidade no âmbito público e privado e não só direito em saúde, mas na disputa da educação e na conquista de políticas públicas de juventude (PPJ) mais alinhadas com a nossa realidade.
A formação para potencializar a nossa capacidade transformadora e propositiva é fundamental para garantir as mudanças que nós defendemos para a saúde do nosso país. A conscientização do nosso papel político-social e da nossa capacidade de intervir positivamente em nossas realidades para a criação de políticas públicas mais eficazes são os meios para combater processos políticos de cima para baixo, salvacionistas e autoritários que ainda vivenciamos em nossa sociedade. Criação de espaços que possibilitem a compreensão da estrutura e funcionamento do SUS, os processos de construção de um modelo assistencial adequado a seus princípios e diretrizes, além de uma compreensão ampliada de saúde, na qual seja possível uma maior articulação intersetorial com todas as áreas das políticas públicas e sociais são extremamente necessários para a ampliação do nosso debate e da nossa intervenção.
Os movimentos sociais precisam se integrar ao longo processo de construção do SUS e a sua juventude tem muito a contribuir. Os movimentos campesinos, que entendem a saúde de forma diferente têm que encontrar um terreno comum para que sua população tenha cobertura completa e seus saberes valorizados. O movimento negro, que através de sua juventude combativa conseguiu avançar nas políticas públicas, e na saúde fez notar as necessidades especificas da população negra e que junto com inúmeros estudiosos criou um amplo espaço de construção da saúde negra. O movimento de mulheres que mostrou que nós somos mais do que mães, somos mulheres que fazemos sexo com mulheres, somos mulheres que lutamos contra a violência, somos mulheres que lutamos por libertação social e o sistema de saúde tem que repensar seus programas.
Dentro desse espectro, o movimento estudantil também tem um papel muito importante. Além de ser um dos maiores movimentos de juventude organizados no nosso país, tendo na rede – as diversas entidades de base e gerais – a sua força motriz, é o movimento que pode prestar grande ajuda na transformação de toda a cadeia da saúde, pois lida com a formação dos gestores, profissionais e usuários. As entidades estudantis, a UNE, as UEE’s e os Centros e Diretórios Acadêmicos devem se integrar a esse processo, promovendo debates, rodas de discussões e espaços que promovam a democratização do debate.
A UNE, em sua Caravana da Saúde, cumpriu um significativo papel para o resgate do debate da saúde como política em disputa e fez com que diversos núcleos de estudantes nas universidades se construíssem para debater com centralidade seus temas. Iniciativas como esta devem ser fortalecidas, assim como a própria pauta da saúde dentro dos debates realizados pela entidade, devendo figurar como uma das pautas centrais para o próximo período. Os inúmeros debates que circundam a saúde precisam estar presentes para além das Caravanas e dos cursos de saúde, para além dos grupos de pesquisa e das ligas estudantis. Tem que estar nas salas de aula de todos os cursos e fora delas, em debates com os estudantes e a comunidade, para que possamos conseguir mais militantes pra essa luta de construção do SUS.
Um dos espaços que tem que ser desenvolvido e que permite a inserção dos movimentos sociais são os conselhos de saúde, que são compostos paritariamente por usuários, gestores e profissionais da saúde do município, estado e país. Tivemos no ultimo período a 14ª Conferência Nacional de Saúde, que orientou as políticas nacionais para o próximo período.
Ficou evidente a maior participação popular dessa Conferencia, mas o preparo dos movimentos sociais para influenciar na política tirada ainda é limitado frente à capacidade de intervenção que eles demonstram ter para outras políticas. O entendimento do campo da saúde como estratégico para a entrada dos movimentos sociais na dinâmica de transformação social em curso é muito necessário para que os caminhos de construção do SUS sejam de radicalização da democracia e sirva de molde para os demais espaços que hoje estão sendo criados, como os conselhos de comunicação, conselhos de controle social entre outros.
A visão da saúde como espaço estratégico de disputa sobre novo modelo de gestão participativa e democrática é central para a garantia da soberania popular e de outras bases para uma sociedade mais fraterna e igualitária. O SUS, desde sua criação, abre os braços para a edificação de uma rede de solidariedade que fortaleça a sociedade civil organizada, que permita a intervenção para o aprimoramento constante.
A juventude tem sido força motriz de diversos processos contestatórios na história recente do Brasil. Precisamos nos inserir de forma qualificada e organizada no debate do SUS e da saúde pública, deixando de figurar de maneira secundária e ajudando a protagonizar a transformação radical da saúde brasileira, a fim de garantir cidadania e qualidade de vida para o nosso povo.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Ontem na sede do PT Belém o Companheiro Jorge Cruz protocolou sua candidatura a vereador.
O companheiro é forte candidato a legislatura municipal de Belém pois é oriundo do movimentos sócias. É dirigente da luta pela moradia e um de suas principais qualidades é resgatar em sua luta diária o PT das origens, o PT militante. O pre-candidato tem o apoio da Juventude, movimentos de mulheres, movimento popular e do movimento pela moradia. Ele é da mesma corrente (DS) do Deputado federal Claudio Puty e da ex : Governadora Ana Julia.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
O PT Ananindeua já tem seu novo secretário de Juventude
Por: Márcia Nascimento
Diretora de Comunicação JPT Anani.
Dia 11 de fevereiro na FAAM na BR 316 no 1º seminário de planejamento JPT-PA foi empossado o novo secretario de juventude do PT de Ananindeua; Luan Alves, que é oriundo dos movimento sócias . Ele foi eleito ano passado consenso entre todas as força do PT Ananin. Ele tem o compromisso de fazer uma gestão com partilhada entre todo o partido, e pautar dentro e fora do partido renovação de quadros tanto para dirigir o PT, como para disputa eleitoral na eleição municipal. Parabéns camarada.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
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