terça-feira, 29 de março de 2011

43 anos sem Edson Luis.






O estudante Edson Luís de Lima Souto nasceu em Belém do Pará, em 24 de fevereiro de 1950, e morreu no Rio de Janeiro, em 28 de março de 1968, assassinado pela Polícia Militar durante uma manifestação estudantil no Restaurante Calabouço, no centro da cidade.

Edson Luís foi a primeira vítima da Ditadura Militar nas mobilizações estudantis contra o regime em 1968. De origem pobre, iniciou seus estudos na Escola Estadual Augusto Meira, em Belém, e mudou-se para o Rio para fazer o segundo grau no Instituto Cooperativo de Ensino, que funcionava no restaurante Calabouço.

Na sexta-feira, 28 de março de 1968, os estudantes estavam organizando uma passeata relâmpago para protestar contra a alta do preço da comida no restaurante, o que deveria acontecer no final da tarde do mesmo dia. Por volta das seis da tarde, a Polícia Militar chegou ao local e dispersou os estudantes que estavam na frente do restaurante estudantil. Os estudantes se refugiaram no interior do restaurante e responderam à violência policial com paus e pedras. A reação dos estudantes obrigou os policiais a recuar, deixando a rua deserta. Mas os políciais retornaram em seguida e tiros foram disparados do Edifício da Legião Brasileira de Assistência, provocando pânico entre os manifestantes, que fugiram.

Os policiais invadiram o restaurante e, nesta ocasião, comandante da tropa da PM, aspirante Aloísio Raposo, atirou e matou o secundarista Edson Luís, alvejando-o com um disparo de arma de fogo a queima roupa na região toráxica. Outro estudante, Benedito Frazão Dutra, também ferido a bala, foi levado para o hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

Os estudantes conseguiram resgatar o corpo de Edson Luís, o estudante assassinado, e o carregaram em passeata pelo centro do Rio até as escadarias da então Assembléia Legislativa, na Cinelândia (atual prédio da Cãmara Municipal), onde foi velado. A necrópsia foi feita no próprio local pelos médicos Nilo Ramos de Assis e Ivan Nogueira Bastos, sob o cerco da Polícia Militar e de agentes do DOPS.

Do velório até a missa na Igreja da Candelária, em 2 de abril, foram mobilizados protestos em todo o país.

Em São Paulo, quatro mil estudantes fizeram uma manifestação na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Também foram realizadas manifestações no Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade do Largo de São Francisco, na Escola Politécnica da USP e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

No Rio de Janeiro, a cidade parou no dia do enterro. Para expressar seu protesto, os cinemas da Cinelândia amanheceram anunciando três filmes: "A noite dos Generais", "À queima roupa" e "Coração de Luto". Com faixas, cartazes e palavras-de-ordem, a população protestava: "Bala mata fome?", "Os velhos no poder, os jovens no caixão", "Mataram um estudante. E se fosse seu filho?" e "PM = Pode Matar". Edson Luis foi enterrado ao som do Hino Nacional brasileiro, cantado pela multidão.

Na manhã de 4 de abril, foi realizada a missa de sétimo dia de Edson Luís na Igreja da Candelária. Ao término da cerimônia religiosa, as pessoas que deixavam a igreja foram cercadas e atacadas pela cavalaria da Polícia Militar a golpes de sabre. Dezenas de pessoas ficaram feridas.

Outra missa seria realizada na noite do mesmo dia. O governo militar a proibira, mas o vigário-geral do Rio de Janeiro, D. Castro Pinto, a realizou assim mesmo. Cerca de seiscentas pessoas compareceram.

Temendo a repetição do massacre ocorrido pela manhã, os sacerdotes pediram que ninguém saísse da igreja. Do lado de fora havia três fileiras da cavalaria da PM, com os sabres desembainhados, e mais atrás estavam o Corpo de Fuzileiros Navais e agentes do DOPS.

Num ato de coragem, os clérigos saíram à frente, de mãos dadas, fazendo um "corredor" da porta da igreja até a avenida Rio Branco, para que todos os que estavam na igreja pudessam sair com segurança. A cavalaria da PM aguardou que todos saíssem para os encurralar nas ruas mais adiante. Novamente o saldo foi de dezenas de pessoas feridas.

Em 28 de março de 2008, quarenta anos depois, uma estátua foi inaugurada na Praça Ana Amélia, esquina da Avenida Churchill com a Rua Santa Luzia, em homenagem ao mártir Edson Luís.

Desde o início da Ditadura Militar em 1964, o Movimento Estudantil (ME) tornou-se a principal força de oposição. No final de 67 e nos primeiros meses de 68, várias manifestações pelo Brasil foram reprimidas com violência. O Movimento manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também à política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. Esse processo tinha um duplo significado: o estabelecimento do ensino pago, principalmente no nível superior; e direcionamento da formação educacional dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão-de-obra especializada).

Prisões e arbitrariedades eram as marcas da ação do governo em relação aos protestos dos estudantes. Essas agressões à liberdade atingiram seu apogeu no dia 28 de março de 68 com a repressão policial utilizada para desalojar dezenas de estudantes que estavam no Restaurante Universitário "Calabouço" no Rio de Janeiro, protestando contra as péssimas condições do ensino brasileiro. Nesta ocasião foi morto o estudante Edson Luís Lima Souto, de 17 anos.

O assassinato – que comoveu e revoltou todo o País – serviu para acirrar ainda mais os ânimos e fortalecer a luta pelas liberdades. Durante o velório do estudante, o confronto com policiais ocorreu em várias partes do Rio de Janeiro. Nos dias seguintes, manifestações sucediam-se no centro da cidade, com repressão crescente, até culminar na missa da Candelária (02/04/68), em que soldados a cavalo investiram contra estudantes, padres, repórteres e populares.

No dia 26 de junho de 68, cerca de cem mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a Ditadura Militar até então. A manifestação, iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com a situação do Brasil. Dela participaram também intelectuais, artistas, padres e um grande número de mães.

Muitos foram os que, como Edson Luís, morreram na luta contra a ditadura e por um Brasil livre, onde o povo fosse dono de seu destino. Ou seja, onde o povo fosse poder – o poder popular! A Passeata dos Cem Mil foi um dos momentos mais importantes da luta de massas contra a ditadura.


A morte de Edson Luís não foi o único fato motivador da manifestação dos Cem Mil, mas “a gota d’água que fez o copo transbordar”. Para a Juventude do Campo e da Cidade Metropolitana em Ananindeua (JOCC), relembrar os 43 anos da morte de Edson Luís significa refletir sobre a importância da participação popular, sobretudo, a participação da juventude nas transformações sociais do nosso país. Comemorar os 43 anos da Passeata dos Cem Mil é homenagear não só Edson Luís, mas todos(as) brasileiros(as) que deram aquilo que tinham de mais importante por esta transformação: suas vidas. Temos certeza que os sonhos revolucionários nunca vão morrer!

E para nos que moramos em Ananindeua e, estamos enfrentando aos Barbalho$ com sua truculência no Transporte público. Que é esse (PI) que de inteligente não tem nada.

Viva Edson Luis ! Viva A Juventude de Ananindeua!

quarta-feira, 23 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Parabéns! companheira Mariana de Freitas, Passou na UEPA!


Curso: LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO - BELEM

Insc. Nome RG
83089 JAQUELINE VANESSA DA SILVA COSTA 6784019 - SEGUP/PARÁ
59803 ANA LUCIA FERREIRA BRANCO DA CUNHA 4608575 - SEGUP/PARÁ
55942 ELTON ANDRE SILVEIRA DE SOUZA 5928376 - SEGUP/PARÁ
80965 MARIANA SILVA DE FREITAS 4374648 - SEGUP/PARÁ
56588 HELDER FURTADO DA COSTA 5264027 - SEGUP/PARÁ
72298 FRANK MENDES DA SILVEIRA 0828396341 - EXERCITO/PARÁ

quinta-feira, 17 de março de 2011

Lugar de mulher é Pista de Corrida!



Quando criança, Ana Beatriz Figueiredo sonhava em ser pilota. Tinha certeza de que um dia correria na Fórmula Indy ou na Fórmula 1. O sonho tornou-se realidade. Mas como ela mesma reconhece, “não tinha a menor noção do quão difícil seria o caminho até aqui”.

Atualmente, Bia, aos 25 anos, é pilota da Fórmula Indy pela equipe Ipiranga Dreyer & Reinbold Racing. Uma conquista e tanto para quem começou aos oito anos pilotando um kart cor de rosa nas pistas de Interlagos, em São Paulo.

Ela correu de kart de 1994 até 2003, quando estreou no campeonato brasileiro de Fórmula Renault categoria-escola. Disputada em vários países, Bia venceu três provas em 2005. Partiu então para a Fórmula 3 Sul-Americana, tornando-se a única mulher a conquistar uma pole position na classe principal dessa categoria.

Em 2007, foi para a Inglaterra e treinou na Fórmula Renault e Fórmula 3 e, nos Estados Unidos, treinou na Firestone Indy Lights, equipe pela qual passou a correr em 2008. No ano passado, ingressou na Fórmula Indy.

P - De onde veio o seu interesse pelas pistas?
Beatriz Figueiredo - Começou quando eu era ainda muito menina. Adorava assistir corridas pela TV e brincar ao volante do carro do meu pai. Aos cinco anos, assisti a uma corrida de kart e me apaixonei.

P - Alguém da sua família também corre?
Bia Figueiredo - Meu primo de segundo grau, o Danilo Dirani, que agora está na Fórmula Truck.

P - Quando você começou no kart, fazia ideia de onde chegaria?
Bia Figueiredo - Quando eu era criança, acreditava que ia chegar à Fórmula Indy ou à Fórmula 1 facilmente. Era um sonho, não tinha a menor noção do quão difícil seria esse caminho.

P - Você teve o apoio de sua família?
Bia Figueiredo - Todos sempre me apoiaram. Hoje eles ficam na torcida, já que não participam de nenhuma negociação empresarial. Quando minha mãe soube do primeiro treino que fiz, ela ficou assustada, mas mesmo assim me apoiou.

P - Você enfrentou algum tipo de preconceito no início da carreira? E agora?
Bia Figueiredo - Muito. Eu era a única menina no meio de centenas de garotos. Era sempre jogada para fora da pista. Com o tempo fui ganhando o respeito deles. Tive que ser um pouco agressiva para conquistar meu espaço. Comecei a revidar batidas, depois a ganhar corridas e campeonatos. Aí fui ganhando respeito. Hoje em dia é mais fácil, é raro acontecer algo do tipo.

P - Como é seu relacionamento com pilotos e mecânicos em um ambiente tipicamente masculino?
Bia Figueiredo - Tenho um ótimo relacionamento com pilotos e com todas as pessoas envolvidas no automobilismo. São na maioria homens, mas eles já aprenderam como lidar comigo.

P - Já ouviu muita piada pelo fato de ser mulher?
Bia Figueiredo - Sempre ouço piadas. Se eu rodo ou bato, é porque sou mulher. Se eu venço uma corrida, é porque os homens são muito ruins. É como se tivesse que provar duas vezes que sou capaz.

P - Ser pilota interfere na sua vida pessoal?
Bia Figueiredo - Acaba interferindo. É um esporte que precisa de 100% de foco e você tem que estar disponível a todo o momento, pois há muito trabalho além da pista. Por isso, não tenho muito tempo para sair, viajar e nunca posso me programar para nada. Mas, quando tenho um tempinho livre, gosto de ficar com a minha família, amigos ou de viajar.

P - Quais são seus planos para o futuro?
Bia Figueiredo - Meu objetivo é me estabilizar na Fórmula Indy, vencer corridas e disputar os títulos dos campeonatos, além, é claro, de vencer nas 500 Milhas de Indianápolis.

P - O que você diria para uma garota que quer tornar-se pilota ou se aventurar nas chamadas “profissões de meninos”?
Bia Figueiredo - Hoje em dia lugar de mulher é onde ela quiser. Basta trabalhar bastante e nunca desistir.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O filme que fala da criação da cia.

Desde sua trágica infância Edward Bell Wilson (Matt Damon) aprendeu a ser discreto e ter compromisso com a honra. Em 1939, quando era aluno da Universidade de Yale, foi recrutado para participar da sociedade secreta Skull and Bones, uma fraternidade voltada para desenvolver futuros líderes mundiais. Sua mente afiada, a reputação irretocável e sua crença nos valores americanos o tornaram o candidato ideal para uma carreira na Inteligência. Com isso Edward é selecionado para integrar o Escritório de Serviços Estratégicos (OSS), durante a 2ª Guerra Mundial. Neste período Edward e seus companheiros trabalham na criação da CIA, uma organização em que a duplicidade é uma exigência e que nada aparenta ser o que realmente é.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Chico Buarque - Samba e amor

Muito Samba para Juventude que enfrenta os Barbalhos capitalistas!




Um pouco Samba no ritmo de Chico Buarque!

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna, a nossa cama reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem vinda companheira
No corpo do bendito violão

Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.