Deu no Blog Juventude em Pauta!
Um absurdo completo a Justiça Federal suspender a prova do ENEM e a divulgação de seu gabarito, porque afronta os direitos de 4,6 milhões de jovens, em sua ampla maioria de baixa renda, que querem e precisam de uma oportunidade de cursar a universidade, além do que é uma demanda do nosso desenvolvimento que, a cada dia, tem previsões mais otimistas.
Registre-se que apenas 2.000 inscritos podem ter sido prejudicados e, ainda assim, o MEC já reconheceu que terão direito à uma outra prova.
Está correta a decisão do ministro Haddad de entrar com recurso contra essa decisão que tem dois panos de fundo. Um é ideológico: as elites são contrárias ao fato de que estudantes de baixa renda possam entrar aos milhares nas instituições de educação superior de qualidade, inclusive com direito à mobilidade aos grandes centros de ensino isto é, nas públicas, ainda mais porque a maior parte dos inscritos é nordestina. Outro são os negócios de uma burguesia marginal de cursinhos, gráficas, jornais redes de outdoors et caterva que lucravam e muito com o modelo anterior. Em resumo, temos aqui a luta de classes em estado bruto, com a juventude como recheio e isso não é à toa, tem a ver com os rumos do nosso desenvolvimento embutidos no bônus demográfico, mas este é assunto que tratarei aqui em postagem de amanhã.
Me surpreende a posição da UNE/UBES de surfar na onda anti-ENEM novamente para aliviar a pecha de "governista", colada pela direita e grande imprensa, confundindo o inimigo, com um esclarecimento de que "considera o ENEM um caminho para a democratização do ensino superior" de nota de rodapé e interpretando a chamada do MEC no Twitter "Alunos q já 'dançaram' no Enem tentam tumultuar com msgs nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los" como um "ataque aos estudantes". Para mim, uma desestabilização planejada.
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