quarta-feira, 30 de junho de 2010

A verdade!

Deu na Na Ilharga.

Antas em ação

É um primor de burrice e canalhice a manchete de hoje da futrica barbálhica(Diário do Pará) mostrando, mais uma vez, que seus escribas pensam ser os leitores tão idiotas quanto os redatores daquele desastrado papelucho.
Como podem "denunciar" uma fantasiosa privatização da COSANPA, companhia estadual, decidida em uma votação na Cãmara Municipal de Belém, que evidentemente não tem competência legal para tal? Com tantos cursos de alfabetização de jovens e adultos espalhados por aí, submeteram-se por pura resignação os pascácios escrevinhadores da infeliz reporcagem a esse mico cinematográfico.
Paciência! Essa é a índole da futrica(Diário). Em primeiro lugar está o fígado do patrão. Se ele está furibundo porque a conjuntura política não se moldou às suas vontades, fabrique-se alguns culpados e atire-os ao fogo dos infernos de seu grupo de comunicação. Fatos? Jornalismo? Danem-se! Não significam coisa alguma perto da vontade do patrão. Lamentável!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

"Pior jogo da Copa"












Você já imaginou um jogo narrado por galvão e comentado por Neto .

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Espetáculo Retalhos de Holanda




Múltiplos retalhos das composições e diversas facetas do compositor brasileiro Chico Buarque de Holanda serão encenadas pela Trupe Imaginarte, grupo de teatro da Casa da Juventude, no espetáculo Retalhos de Holanda, que estreia no dia 1º de julho, às 19 horas, no Teatro Gasômetro, no Parque da Residência. O espetáculo acontecerá também no dia 2 de julho, no mesmo local e hora. O evento terá entrada franca.

Segundo Suzane Pereira, diretora da Trupe, Retalhos de Holanda é um espetáculo em que o texto é do próprio compositor, porém adaptado para a linguagem cênica, criando um jogo de cenas a partir das músicas compostas por Chico. “As 14 cenas do espetáculo passeiam pelas diversas facetas e fases da sua obra: o Chico Amante, Político, Mulher e Malandro”, explica.

O espetáculo será encenado por 22 jovens atores. As adaptações e formatos das cenas são de Suzane e Luiz Girard, assistente de direção e encenação. A sonoplastia é de Lia Gomes, cenografia e iluminação de Emanuelle Rabelo e o figurino dos próprios atores.

As obras que montam as cenas são “As Vitrines”, “Mar e Lua”, “Futuros Amantes”, “Olhos nos Olhos”, “Tatuagem”, “Cotidiano”, “Eu Te Amo”, “Cálice”, “Angélica”, “Construção”, “Homenagem ao Malandro” e muitas outras.

Trupe Imaginarte

A Trupe Imaginarte, do Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude, mais conhecida como Casa da Juventude, mantida pelo governo do Estado, é resultado das oficinas de teatro da instituição.

A preocupação da Trupe é sair do óbvio, buscando um trabalho diferente, sensível e inovador, misturando as diversas linguagens artísticas. O resultado é uma construção sensível, que entrelaça o público de forma prazerosa, ao conseguir equilibrar a tragicomédia, com momentos dramáticos e momentos leves.

A equipe busca um trabalho diferente, bonito, sensível e inovador, misturam linguagem cênica, visual e literária. O resultado é uma construção sensível, que entrelace o público de forma prazerosa, sem ser piegas, ou com uma carga dramática exagerada, mas buscam o equilíbrio da tragicomédia, com momentos dramáticos e leves. Expondo um amor crítico, sensível, engraçado e político.

Projeto

O projeto de Teatro realizado pela Casa da Juventude tem o propósito de fazer com que essa arte se torne presente na vida do jovem. Além de valorizar o protagonismo juvenil na sociedade, trabalha a percepção, desperta a sensibilidade, o respeito e a consciência sócio-político-cultural.

Ficha Técnica

Direção Teatral

Suzane Pereira

Assistente de Direção/Encenação

Luiz Carlos Girard

Cenografia e Iluminação

Emanuelle Rabelo

Sonoplastia

Lia Gomes

Figurino

Atores

Atores

Adrieli Castro

Aline Felgueiras

Augusto Aranha

Biazinha Silva

Coud Puente

Cleiton Dias

Denny Sant

Gerlane Souza

Gerson do Vale

Géssyca Reys

Karina Lima

Jailson Lopes

Lenisce Silva

Leandro Glauco

Liliani Nascimento

Lucy do Nascimento

Monhinha Azevedo

Núbia Simone

Oneide Cardoso

Renan dos Anjos

Ronald Lima

Rosa Sales.

Serviço: Estreia do espetáculo Retalhos de Holanda, 1º de julho, às 19 horas, no Teatro Gasômetro, no Parque da Residência. O espetáculo acontecerá também no dia 2 de julho, no mesmo local e hora. O evento terá entrada franca. Mais informações: 91 – 3223 3437.

Texto: Ascom/Casa da Juventude.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Arrastão Junino percorre as ruas no Dia de São João, 24 de junho



Neste mês a efervescência cultural aumenta com a comemoração da festa junina e o Centro de Articulação e Apoio da Juventude, a Casa da Juventude, prestigia esse período com a realização do Arrastão Junino. O cortejo promete ser um verdadeiro desfile de personagens da cena amazônica e do folclore popular, no Dia de São João, nesta quinta-feira, 24 de junho. O evento será aberto ao público e a concentração às 9h, na instituição, na Avenida Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur, na Batista Campos.

A coordenadora artística e cultural da Casa, Suzane Pereira, destaca que o objetivo é divulgar a cultura amazônica e culminar no cortejo as oficinas culturais que a instituição trabalhou nesse semestre como iniciação teatral, técnica de clown, teatro de rua, danças folclóricas, danças circulares, hip hop, dança de rua, maquiagem cênica, cenário e figurino, adereços junino e outras.

O cortejo percorrerá pelas áreas ao entorno da instituição ao som dos ritmos amazônicos tocados pelo Boi Urube, do Satélite, com a participação da percussão da Escola Estadual Izabel Amazonas, de Ananindeua, além de outras atrações.

O percurso será Avenida Gentil Bittencourt, passando pela Travessa Quintino Bocaiúva, descendo a Avenida Conselheiro Furtado e retornado à Gentil pela Travessa Rui Barbosa até à Casa, onde haverá, ainda, festa cultural.

As pessoas interessadas a participar precisam chegar antes para fazer maquiagem e elas podem, também, levar traje típico de arraial, ou ir caracterizado de personagem da cena amazônica.

Serviço: Arrastão Junino da Casa da Juventude, quinta, 24 de junho, Dia de São João, concentração às 9h, na Casa da Juventude, na Avenida Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur, na Batista Campos. www.juventude.pa.gov.br Mais informações: 91 – 3223 3437

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ananindeua Presente na luta contra o Capitalismo na America Latina




Da esquerda para direita: Luisinho, Renata Moreno, representante da Marcha Mundial das Mulheres do México, , Fernando Assunção, Pablo Romero, jovem militante do movimento camponês da Bolívia, Karine Rodrigues, Vice-Ministra de Juventude do Paraguai, David Vinhas, Mariana Freitas, Ezequias e a Marcinha.



No segundo dia (04) do I Festival das Juventudes, a discussão sobre as diversas lutas dos jovens na contemporaneidade continuou com a mesa "Mobilização Social: A Participação da Juventude nos Processos de Mudança na América Latina". O debate girou em torno dos modelos de sistemas econômicos e políticos que hoje fazem parte da realidade latinoamericana e a intervenção das juventudes nesses processos.

O debate começou com a fala do representante da Universidade Latino Americana (UNILA), Nilson Araújo, que coloca a América Latina como pólo central de transformação social, em âmbito mundial, diferente de épocas anteriores em que a Europa ditava essas mudanças. Ele citou ainda que os países da América Latina devem se firmar enquanto nações independentes, procurando reverter o quadro atual de transnacionalização.

Pablo Romero, jovem militante do movimento camponês da Bolívia, complementou o diálogo afirmando que os países latinoamericanos devem evitar o processo de recolonização provocado pela instalação de empresas estrangeiras em território nacional. Ele falou ainda sobre a situação da Bolívia, citando a transformação positiva por que o país passou após a implementação da Constituinte, no ano de 2005.

Na mesma linha de discurso, Karine Rodrigues, Vice-Ministra de Juventude do Paraguai, diz que a juventude na América Latina é sinônimo de transformação, lembrando que as juventudes são plurais e multifacetadas, e que elas são capazes de enfrentar modelos de opressão.

Já Renata Moreno, representante da Marcha Mundial das Mulheres, coloca em xeque o neoliberalismo sobre a ótima feminista, citando que não há soberania nacional sem a garantia dos direitos das mulheres. Renata Moreno observa ainda que a internacionalização dos movimentos sociais juvenis é fundamental para construir lutas em comum para impulsionar as transformações de mudanças nas sociedades.

João Paulo Rodrigues, representante dos movimentos sociais da Via Campesina e integrante do Movimento dos Sem Terra, levantou vários desafios para a discussão sobre juventudes no Festival. Dentre as pautas prioritárias, segundo João Paulo Rodrigues, estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas, a defesa da educação, o aborto, projetos de desenvolvimento para o Brasil e América Latina, renda e trabalho para as juventudes, arte e cultura na construção desses processos.

sábado, 12 de junho de 2010

Estudantes vão as ruas manifestar

Deu no Blog da Liliani Nascimento

Depois de a juventude deste país ter conseguido alcançar uma grande vitória pra a educação no âmbito nacional - 50% do Fundo Social do Pré Sal pra educação- com a ajuda das entidades que nos representam ( UNE e UBES). Após termos avançado no Estado com a aprovação da meia-passagem intermunicipal ( já em fase de cadastramento dos estudantes do interior), conseguida com muita luta pelos estudantes deste Estado. Os estudantes de Ananindeua se vêem retrocedendo quanto a conquista de seus direitos por meio do Prefeito Helder Barbalho.

A conquista da meia passagem estudantil se deu através de muita luta, de muito enfrentamento com a polícia e poderes públicos. Foram anos de protesto até que finalmente tivemos nosso direito adquirido.

Foram tempos em que as coisas eram bem mais difíceis quanto falamos de diálogo com os governantes.
Agora este "querido" prefeito que impor o que ele chama de "cartão inteligente". Mas percebe que é inteligente apenas para os bolsos dos empresários do transporte

Um cartão que limita a ida e vinda dos estudantes, que poderão usar apenas duas passagens por dia; não poderá ser utilizado em finais de semana, muito menos feriados ou férias escolares. Uma grande violaçãoa Constituição brasileira. Retira dos estudantes o direito ao lazer, já que a passagem de ônibus custa um absurdo e os ônibus estão completamente sucateados.
Mas sabemos porque este prefeito faz coisas desse tipo.

1_ Nunca precisou utilizar-se do tranporte coletivo para se locomover, afinal de contas, sua família sempre soube gastar muito bem o dinheiro que desviavam da SUDAM;
2_ Nunca estudou em escola pública, mas em uma das escolas mais caras de Belém;
3_ Jamais soube como é dificultoso para pais de famílias que tem quatro ou mais filhos sustentar todas as despesas que estes tem para concluir sua educação;

São inúmeros os itens que poderia ser colocado para mostrar o quanto este gestor não tem nenhum respeito pelos pobres trabalhadores e trabalhadoras que ganham um salário mínímo pra sustentar suas famílias.

Por esses motivos , no dia 11 de junho, os estudantes de Ananindeua se mobilizaram para não deixar que mais direitos lhe fossem retirados. E como sempre acontece, fomos chamados de vagabundos e baderneiros. Tivemos 2 alunos quase atropelados por uma van o qual motorista, de transporte alternativo, não se sensibiliza e muito menos compreende a importância do nosso ato.

Meninos e meninas de várias idades foram para a frente da Prefeitura, e lá gritavam palavras de ordem contra este projeto de meia passagem limitadora. " O dinheiro do meu pai não é capim, eu quero passe livre sim" era uma das várias frases que foram criadas.

Conseguimos que uma comissão de pessoas das entidades ali presentes fosse recebida pelo chefe de Gabinete. UNE e UBES de fizeram presentes. Era inacreditável o que se ouvia dentro daquela sala. Palavras de uma burguesia hipócrita que nunca compreenderá os anseios do povo e dos movimentos sociais. Uma direita que serve apenas para tornar o mundo melhor para quem tem dinheiro.

Conseguimos o prazo de 15 dias para contrapor esse projeto, organizar a sociedade civil e derrubar mais essa falta de respito com os Estudantes.
Mais protestos virão.

"Estudante na rua.Prefeito a culpa é sua"

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estudantes dizem não ao decreto de Helder Barbalho que limita meia-passagem.


Amanhã (11/06) as 10hs. da manhã, entidades estudantis realizarão manifestação em frente à Prefeitura de Ananindeua contra o decreto do prefeito Helder Barbalho que limita o uso da meia-passagem por estudantes nos ônibus urbanos que circulam no município de Ananindeua.

Na avaliação dos líderes estudantis o Prefeito tomou essa medida para beneficiar os empresários dos ônibus que circulam no município.



“Na semana passada ele reajustou o preço das passagens para R$ 1,85 equiparando ao preço dos ônibus que circulam em Belém, agora vem querer limitar 2 (duas) meia-passagem ao dia, qual o interesse do prefeito, será que é comercial ?” questiona o líder estudantil Fernando Assunção.

As entidades estudantis irão acionar o Ministério Público, para que tome medidas necessárias que garanta aos estudantes o direito adquirido do uso da meia-passagem

terça-feira, 8 de junho de 2010

Artigo de Fernando Maia : DESENVOLVIMENTO SÓCIOAMBIENTAL NO PARÁ


DESENVOLVIMENTO SÓCIOAMBIENTAL NO PARÁ

O Pará extrativista tem de ser substituído por uma economia verticalizada, que aproveite as riquezas regionais em proveito próprio. Porque a vida do Estado não quer mais ficar ao sabor dos ventos do passado.

Por FERNANDO MAIA*

O Estado do Pará vive um momento único em sua história republicana, uma das maiores reservas minerais do mundo – com jazidas provadas e prováveis de 7,2 bilhões de toneladas de minério de ferro, além de níquel, ouro, cobre e bauxita. Nesse momento o lançamento da Aços Laminados do Pará (ALPA), deve ser o símbolo maior dessa empreitada. A expectativa é que essa iniciativa atraia outras indústrias para agregar valor à produção local.

Para pavimentar esse caminho, o Pará deve receber mais de R$ 35 bilhões em investimentos em projetos de energia e infraestrutura de transportes e logística a partir desse ano. A maior obra do pacote é a, polêmica mais necessária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Usina Hidrelétrica de Belo Monte, com capacidade instalada de 11 mil megawatts (MW) e geração firme de 4.400 MW, a usina será a terceira maior do mundo em operação.

A verticalização está sendo implementada em meio à forte pressão internacional para que seja freiada à agressão ambiental. O Pará está entre os primeiros colocados dos que mais devastam a floresta, o Estado começa a dar sinais expressivos da mudança de postura a partir de 2008, ao anunciar e liderar um programa ambicioso, o Programa Plantio de 01 bilhão de árvores, que iniciou um longo trabalho de reflorestamento com espécies nativas no Estado do Pará.

Outro grande desafio para a gestão sustentável do Estado do Pará é a qualificação da mão de obra local para que a população paraense também possa ser beneficiar do atual processo de expansão econômica, até porque não podemos continuar sendo os fornecedores de produtos primários ou semi-elaborados como ferro, aço e alumínio para países como o Japão, que manufatura, cria valor e nos vende de volta com valor agregado.

Para o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Pará, Maurílio de Abreu Monteiro, economista da UFPA, o elemento central para construir um desenvolvimento sustentável e duradouro no Pará, passa pela integração de seus principais pólos produtivos intra e inter-regionais. Isso representou trabalhar simultaneamente em duas frentes: os investimentos de infraestrutura para a interligação e integração (pólos de Belém, Marabá e Santarém) e medidas institucionais, como a mudança de marcos legal, para dar segurança jurídica aos investidores em setores sensíveis, como é o caso da exploração agropecuária.

Na infraestrutura, entre as principais obras, está a conclusão das eclusas de Tucuruí; o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte; o asfaltamento da Transamazônica e da Santarém-Cuiabá; a reforma e ampliação do porto de Vila do Conde; e o projeto NavegaPará, que conecta por banda larga de internet o Estado. O principal sinal deste momento é o investimento, até agora, de US$ 3,7 bilhões que a Vale faz para a construção da siderúrgica Aços Laminados do Pará (ALPA), na região de Carajás (área de Marabá), prevista para entrar em funcionamento em 2013.

Agora, na velocidade da internet de banda larga que chega até as aldeias indígenas, o Pará solta a voz para o centro do poder nacional. E para a governadora Ana Júlia Carepa, o Estado está finalmente sendo ouvido e se apronta para a industrialização e para dar uma guinada em sua história. “Quando assumi o governo, procurei os grandes empresários que atuam no Estado e o governo federal para dizer que o Pará não queria e não podia ser mais mero produtor e exportador de matéria-prima. E temos conseguido, desde então, grandes conquistas no processamento de nossas riquezas naturais, o que gera mais trabalho – e trabalho mais qualificado – e projeta um futuro promissor como nunca tivemos”.

Todo esse desenvolvimento só tem sentido quando se agrega valor, não só gerando divisas, empregos, progresso, mas principalmente quando se cuida dos resíduos gerados pela ação humana. Nesse sentido, experiências como a que ocorre, há três anos em Marabá, pela Sinobrás, uma das conquistas recentes na verticalização do minério de ferro, é extremamente positiva. É a primeira fabricante integrada de aços longos do Norte e Nordeste. Resultado de investimentos de US$ 350 milhões do Grupo Aço Cearense, o maior importador de aço do País, produz 350 mil toneladas/ano de aço laminado a partir de ferro-gusa líquido e sucata e emprega mais de mil funcionários diretos. A Sinobras está se associando a Vale para a criação da Aline, num investimento estimado em R$ 1,4 bilhão (75% da Sinobras), para produzir aços laminados a quente, a frio e galvanizados a partir das chapas da vizinha e sócia Alpa.

A cadeia produtiva do alumínio no Pará já é uma realidade. O ciclo começa na bauxita extraída pela Mineração Rio do Norte (MRN), e pela Mina de Bauxita Paragominas, em Oriximiná e Paragominas, respectivamente, seguindo para a Alunorte, em Barcarena, onde é processada até ser transformada em alumina que, por sua vez, é enviada para a Albras, onde é transformada em alumínio líquido ou em lingotes. Ainda em Barcarena, o alumínio líquido segue para a Alubar, onde são produzidos cabos de distribuição e transmissão de energia elétrica. É a indústria do alumínio no Pará, em um ciclo de desenvolvimento que, além de produtos de qualidade internacional em toda a sua cadeia, gera mais de 10.000 empregos diretos, 45.000 indiretos, com receita anual superior a cinco bilhões de reais, que representa cerca de 35% do PIB industrial do Estado.

O governo do Pará está transformando as riquezas do estado em emprego, renda e desenvolvimento em todas as regiões. Apenas no sul e sudeste do Pará será mais de US$ 5 bilhões em investimentos, sendo a instalação da ALPA, em Marabá, o maior. A ALPA, aliada a Sinobrás irá gerar mais de 26 mil postos de trabalho.

No oeste do Pará, a hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, já é o maior empreendimento energético do PAC, com um custo estimado em R$ 16 bilhões a usina será a segunda maior do Brasil com potência instalada de 11 mil megawatts. Além do investimento na usina, outros R$ 2,3 bilhões serão destinados ao Plano de Desenvolvimento Regional do Xingu, para aplicação em obras e serviços nos municípios impactados pela hidrelétrica. Deverão ser investidos ainda, por exigência do governo e compensação pela construção da usina, outros R$ 35 milhões na criação do terminal intermodal de Vitória do Xingu e na construção das eclusas de Belo Monte, estimulando o desenvolvimento da região e garantindo a navegabilidade do Rio Xingu.

Na Região Metropolitana de Belém (RMB), o Distrito de Icoaraci foi completamente revitalizado, com 31 indústrias em funcionamento, gerando mais de 13 mil empregos, entre diretos e indiretos e possuindo um faturamento bruto anual acima de R$ 616 milhões. Isso sem falar, no desenvolvimento econômico também em tecnologia e inovação. Já estão em curso obras de implantação dos Parques de Ciência e Tecnologia em Belém (PCT-Guamá), Santarém (PCT-Tapajós) e Tucuruí (PCT-Tucuruí) e as obras de ampliação das Cidades Digitais do NavegaPará. E, além disso, estão previstos investimentos de R$ 261,9 milhões no PAC Estadual, em urbanização para Belém, Ananindeua e Castanhal, US$ 489,7 milhões para a pavimentação da Transamazônica, R$ 473 milhões para as duas fases das obras para viabilizar o Linhão do Marajó, que levará energia elétrica de Tucuruí a 15 municípios. estimulando o desenvolvimento da regito Regional do Xingu, para aplicaç em todas as regi

O grande desafio dos investidores locais e de fora é superar todas as salvaguardas ambientais necessárias para um investimento processual e duradouro que permita a verticalização de vários setores da economia com a agregação de valor necessária não só as populações locais como para o estado inteiro. Para isso é necessária uma visão mais macro dos problemas históricos do estado, como os gargalos infraestruturais, a energia limpa e barata, mas, sobretudo qualificação de mão de obra local e progresso real para os municípios. Não se sustenta um desenvolvimento que estabelece um confronto com a exploração desenfreada dos recursos naturais a qualquer preço e a legislação ambiental em vigor em nosso país, ou seja, não são as leis ambientais entraves ao desenvolvimento, mas sim um necessário equilíbrio dinâmico na relação matéria prima-natureza.

O exemplo mais evidente dessa constatação é o setor madeireiro, um dos maiores devastadores da floresta amazônica, no entanto esse problema tende a diminuir seja a partir das ações coercitivas do governo federal que tem ocorrido aqui em nosso estado, seja a partir da normatização e legalização da posse da terra e do manejo florestal levado a cabo pelo governo estadual por meio de programas como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que confere a legalidade ambiental da propriedade e o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), em curso nas principais regiões produtoras do território paraense. Com isso, o setor madeireiro começa a dá sinais de ter retomado a rota do crescimento desde os últimos meses de 2009, tanto na produção quanto na exportação.

A verticalização dá bons sinais também no setor madeireiro, por muito tempo dependente da exportação de toras e madeira semiprocessada. É o caso da Florapac, a décima fábrica no país de MDF (pranchas de maciços de madeira processada, muito usadas para a fabricação de móveis e cozinhas planejadas) e a primeira fora das regiões Sul e Sudeste. Já emprega 700 pessoas no plantio e manejo de seus 30 mil hectares de paricá e eucalipto, nos municípios de Paragominas e Dom Eliseu, a 320 quilômetros de Belém. A produção será de 12 mil metros cúbicos/mês, o que permitirá a fabricação de MDF na região impulsionando a indústria moveleira no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país.

Para o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o fluxo de investimentos novos tende a ampliar a criação de empregos e elevar a renda média local, entre as mais baixas do Brasil. Segundo o Dieese, 39% dos ocupados ganham menos de um salário mínimo e 70%, até dois salários. Ainda, segundo o Dieese, hoje compramos de outros estados 80% do que consumimos o que leva o Pará, além de tudo, a ter um dos custos de vida mais caros do país. Parte do problema de falta de produção própria de bens de consumo pode ter solução com a chegada de grandes fabricantes do Sul e Sudeste atraídos pelas novas condições de infraestrutura.

Também em comércio e serviços os empreendimentos externos já chamam a atenção, é o caso do Shopping Boulevard, inaugurado recentemente, um investimento de R$ 250 milhões dos grupos Aiansce e o norte-americano General Growth Properties (GGP), cuja concepção arquitetônica facilita o aproveitamento de luz natural em vários espaços e apresenta um sistema avançado de captação de águas de chuva. Além do próprio investimento, o shopping Center, gerou investimentos de R$ 175 milhões para a instalação de suas 250 lojas. Boa parte dos espaços foi ocupada por 44 franquias e marcas como Renner, Centauro, Calvin Klein, Richard’s, Bom Grillé, Divino Fogão e Capital Steak Home. Foram criados três mil empregos diretos em comércio e serviços de qualidade, o que tende a elevar a qualificação da mão de obra no setor.

Outra conquista significativa para a capital paraense foi à inauguração do Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, espaço de arquitetura sofisticada que fez de Belém pólo regional de atração de novas feiras e melhorasse as já tradicionais, como a do setor mineral, a do livro e a de material de construção. De 30 a 530 mil pessoas, no Hangar será sempre um grande evento. E ainda o centro tem, nos últimos anos, se refletindo positivamente no turismo receptivo.

Se muito vale o já feito, mas vale o que será como bem diz a governadora Ana Julia Carepa: “Em quatro anos nós já teremos um cenário muito diferente... Mas o que a nossa iniciativa construiu foi um ponto de inflexão sem volta, que está transformando e vai continuar transformando o Pará em algo que ele nunca foi – um Estado com economia pujante, que saberá processar suas enormes riquezas naturais, mas com respeito estrito à natureza”. É o governo do Pará se desenvolvendo para você.

Os paraenses hoje, sem dúvida nenhuma, convergem para uma unanimidade fundamental: o Pará extrativista tem de ser substituído por uma economia verticalizada, que aproveite as riquezas regionais em proveito próprio. É o caminho está se abrindo, seja pelos rios – os mesmos já usados nos tempos do império –, seja pela banda larga de internet, que o governo instalou na maioria das comunidades e instituições das três macrorregiões econômicas. Porque a vida do Estado não quer mais ficar ao sabor dos ventos do passado.

Fernando Maia foi Secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Belém.

Fonte: Revista Valor Econômico/Estados. www.valoronline.com.br