segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ananindeua Presente na luta contra o Capitalismo na America Latina




Da esquerda para direita: Luisinho, Renata Moreno, representante da Marcha Mundial das Mulheres do México, , Fernando Assunção, Pablo Romero, jovem militante do movimento camponês da Bolívia, Karine Rodrigues, Vice-Ministra de Juventude do Paraguai, David Vinhas, Mariana Freitas, Ezequias e a Marcinha.



No segundo dia (04) do I Festival das Juventudes, a discussão sobre as diversas lutas dos jovens na contemporaneidade continuou com a mesa "Mobilização Social: A Participação da Juventude nos Processos de Mudança na América Latina". O debate girou em torno dos modelos de sistemas econômicos e políticos que hoje fazem parte da realidade latinoamericana e a intervenção das juventudes nesses processos.

O debate começou com a fala do representante da Universidade Latino Americana (UNILA), Nilson Araújo, que coloca a América Latina como pólo central de transformação social, em âmbito mundial, diferente de épocas anteriores em que a Europa ditava essas mudanças. Ele citou ainda que os países da América Latina devem se firmar enquanto nações independentes, procurando reverter o quadro atual de transnacionalização.

Pablo Romero, jovem militante do movimento camponês da Bolívia, complementou o diálogo afirmando que os países latinoamericanos devem evitar o processo de recolonização provocado pela instalação de empresas estrangeiras em território nacional. Ele falou ainda sobre a situação da Bolívia, citando a transformação positiva por que o país passou após a implementação da Constituinte, no ano de 2005.

Na mesma linha de discurso, Karine Rodrigues, Vice-Ministra de Juventude do Paraguai, diz que a juventude na América Latina é sinônimo de transformação, lembrando que as juventudes são plurais e multifacetadas, e que elas são capazes de enfrentar modelos de opressão.

Já Renata Moreno, representante da Marcha Mundial das Mulheres, coloca em xeque o neoliberalismo sobre a ótima feminista, citando que não há soberania nacional sem a garantia dos direitos das mulheres. Renata Moreno observa ainda que a internacionalização dos movimentos sociais juvenis é fundamental para construir lutas em comum para impulsionar as transformações de mudanças nas sociedades.

João Paulo Rodrigues, representante dos movimentos sociais da Via Campesina e integrante do Movimento dos Sem Terra, levantou vários desafios para a discussão sobre juventudes no Festival. Dentre as pautas prioritárias, segundo João Paulo Rodrigues, estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas, a defesa da educação, o aborto, projetos de desenvolvimento para o Brasil e América Latina, renda e trabalho para as juventudes, arte e cultura na construção desses processos.

Um comentário: