Enquanto uma parcela dos médicos brasileiros está mais preocupada em espalhar pelas redes sociais os supostos erros dos profissionais cubanos, o corporativismo da categoria tenta sempre amenizar as falhas mais graves dos colegas de profissão. Não houve uma mobilização dos médicos brasileiros para avaliar a conduta do neurocirurgião Adão Orlando Crespo, aquele que faltou o plantão na véspera de Natal no Hospital Salgado Filho, em 2012. A menina Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, que chegou na unidade médica atingida por uma bala perdida, teve que aguardar por oito horas para ser operada e morreu 11 dias depois.
As investigações da Polícia Civil comprovaram que o neurocirurgião fraudava a escala de plantão há mais de cinco anos. Mesmo com todas as evidências, Adão Crespo disse não se sentir culpado pela morte de Adrielly e ainda afirmou que se sentia vítima de uma situação. As entidades representativas e os próprios profissionais da área da saúde se empenharam em criticar o sistema precário de saúde para justificar o crime de Adão Crespo, assim como acontece em tantos outros casos semelhantes. E voltando às tais receitas supostamente prescritas pelos médicos cubanos, ninguém ainda comprovou a veracidade das informações contidas no blog.
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